quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Cirque du Soleil






História da Companhia

Objetivando a carreira de artista performático, o fundador do Cirque du Soleil, Guy Laliberté, iniciou uma turnê pela Europa como músico e artista de rua. Quando retornou ao Canadá, em 1979, aprendeu a arte de cuspir fogo. Ficou empregado por apenas três dias em um projeto de construção de uma hidroelétrica, e manteve-se com seu seguro desemprego. Ajudou a organizar, então, um bazar de verão, juntamente com seus amigos Daniel Gauthier e Gilles Ste-Croix. Gauthier e Ste-Croix estavam, na ocasião, coordenando um albergue de artistas performáticos, denominado Le Balcon Vert. Em 1979, Ste-Croix decidiu realizar uma turnê com seu grupo. Apesar do talento dos artistas, a trupe não tinha fundos para tornar o projeto uma realidade. O grupo decidiu convencer o governo de Quebec a financiar o projeto. Os três criaram então o Les Échassiers de Baie-Saint-Paul. Empregando diversos artistas, o Les Échassiers fez uma excursão por Quebec durante o verão de 1980.

Apesar de bem recebido pelo público em geral, Les Échassiers foi um fracasso. No outono de 1981, os fundadores da trupe conseguiram melhores resultados, o que inspirou Laliberté e Ste-Croix a organizarem uma feira em Baie-Saint-Paul. Esse festival, denominado La Fête Foraine, ofereceu oficinas para ensinar a arte circense ao público. De modo curioso, os próprios habitantes barraram o festival. Em 1983, o governo de Quebec fez uma doação de US$ 1,5 milhão para que o grupo organizasse uma produção no ano seguinte como parte das comemorações do 450º aniversário de Quebec. Laliberté denominou a sua criação de Le Grand Tour du Cirque du Soleil.
[editar] Le Grand Tour du Cirque du Soleil

O grupo apresentou em onze cidades de Quebec, durante treze semanas, simultaneamente ao 3º La Fête Foraine. A primeira apresentação ocorreu mediante inúmeras dificuldades. Utilizando uma tenda emprestada, Laliberté teve que lidar com a insatisfação dos artistas europeus pela inexperiência do circo de Quebec. No entanto, os problemas foram resolvidos e o Le Grand Tour du Cirque du Soleil foi um sucesso. Com apenas US$ 60.000 no banco, Laliberté pediu ajuda ao governo canadense para fornecer fundos para um segundo ano de apresentação. Porém, o governo da província de Quebec estava resistente. Com a intervenção do premier de Quebec, René Lévesque, o governo de Quebec cedeu ao pedido.
[editar] La magie continue
Estrela do Cirque du Soleil na Calçada da Fama do Canadá. [1]

Após conseguir fundos com o governo canadense para um segundo ano de apresentação, Laliberté deu passos para renovar o Cirque. Para tanto, ele contou com a ajuda de Guy Caron, do National Circus School, como diretor artístico do Cirque du Soleil. Ambos queriam uma música forte e emocionante do início ao fim do espetáculo, além de contar com o método do Circo de Moscou de contar uma história durante as apresentações. A ausência do picadeiro e do uso dos animais nas apresentações, tem como objetivo, na concepção dos seus criadores, trazer o espectador mais próximo da performance.

Para auxiliá-los na criação do próximo espetáculo, Laliberté e Caron contrataram Franco Dragone, outro instrutor do National Circus School, que estava trabalhando na Bélgica. Quando entrou na trupe, no ano de 1985, Dragone trouxe um pouco da sua experiência com a comédia Dell'arte. Daí em diante, Dragone dirigiu todos os espetáculos do Cirque, exceto o Dralion, dirigido por Guy Caron.

Em 1986, a companhia passou por sérios problemas financeiros. Em Toronto, o grupo apresentou para apenas 25% da capacidade total de espectadores depois de já não possuirem verbas para manter adequadamente os shows. Gilles Ste-Croix, vestido em uma fantasia de macaco, caminhou pelas ruas de Toronto como forma de divulgar os trabalhos do circo. Uma parada na cidade de Niagara Falls, em Ontário, tornou-se igualmente problemática, deixando o Cirque com US$ 750.000 de débito.

Diversos fatores impediram a falência do circo nesse ano. O grupo Desjardins, instituição financeira sem fins lucrativos, ou espécie de Cooperativa de Crédito financiou o Cirque du Soleil na ocasião, cobriu US$ 200.000 em cheques. O financista Daniel Lamarre, que trabalhou para uma das maiores firmas de relação pública de Quebec, representou a firma gratuitamente. Além disso, o governo de Quebec garantiu à Laliberté a quantia suficiente para se manter no ano seguinte.
[editar] Cirque Réinventé

Em 1987, Laliberté foi convidado a apresentar no Festival de Artes de Los Angeles, porém ainda encontrava-se com problemas financeiros. Se o show não fosse bem recebido pelo público, eles não teriam dinheiro para retornar à Montreal. No entanto, o festival foi um sucesso, e atraiu a atenção de empresas de entretenimento, como a Columbia Pictures, que teve interesse de gravar um vídeo sobre o Cirque du Soleil. Laliberté, insatisfeito com a proposta, recusou-a. Tal produção daria à Columbia Pictures muitos direitos autorais. Esse é um dos motivos que fazem com que o Cirque du Soleil seja independente e privado até hoje.

Diferenças artísticas fizeram com que Guy Caron deixasse a companhia em 1988, além de discussões a respeito da aplicação do dinheiro oriundo da primeira turnê de sucesso do Cirque. Laliberté queria usá-lo na expansão do Cirque e iniciar a produção de um segundo espetáculo, enquanto Guy objetivava economizar, e destinar parte da verba para o National Circus School.

Laliberté solicitou que Gilles Ste-Croix tornasse diretor artístico substituto. Ste-Croix, que encontrava-se afastado do Cirque desde 1985, aceitou o convite. A companhia encontrou novos problemas internos, incluindo uma tentativa frustrada de acrescentar um terceiro sócio, Normand Latourelle, que permaneceu apenas seis meses na companhia. Nos fins de 1989, o Cirque du Soleil encontrava-se novamente endividado.
[editar] Nouvelle Expérience

No mesmo ano, o Cirque decidiu restabelecer o espetáculo Le Cirque Réinventé, porém a idéia foi logo abandonada. Laliberté e Ste-Croix decidiram então produzir um novo show com base nas idéias propostas por Caron antes da sua saída. Originalmente com o nome de Eclipse, eles renomearam o show para Nouvelle Experiénce.

Franco Dragone retornou, apesar de relutante. Ele tinha a intenção de retornar somente se tivesse total controle da criação dos espetáculos. Sua primeira medida foi a retirada da cortina que separava atores e platéia, fazendo com que ambos sentissem fazer parte de um grande show. Dragone criou um ambiente em que o artista mantivesse em seu personagem durante toda a apresentação. Apesar de Dragone possuir total controle sobre a criação, Laliberté supervisionou toda a produção. Inspirado na obra "La Chasse au Météore", de Júlio Verne, foi criado o conceito de que cada artista representava parte das jóias espalhadas ao redor da Terra.

Nouvelle Expérience tornou-se o espetáculo mais popular do Cirque du Soleil até aquele momento e foi apresentado até o ano de 1993. A produção permaneceu por alguns anos no The Mirage Resort and Hotel em Las Vegas. No fim de 1990, o Cirque tornou-se novamente lucrativo e encontrava-se preparado para iniciar uma nova produção.
[editar] Espetáculos

O Cirque du Soleil tem sido descrito como um "circo moderno" cheio de histórias e performances estonteantes, os shows não utilizam animais. Há vários espetáculos rodando o mundo e outros fixos em cidades como Orlando e Las Vegas (EUA).
Cirque du Soleil itinerante no parque Villa-Lobos, no município de São Paulo.

Recruta artistas e números de circo de toda parte. O elenco é composto por artistas de mais de 40 nacionalidades. Os números sofrem influência do teatro mambembe, do próprio mundo circense, da ópera, do balé e do rock.

O espetáculo começa através de um conceito criativo, geralmente com elementos de uma história central, aliada ao desenvolvimento do design do show e a seleção de um compositor para a música.

Há contorcionismo, malabarismo, palhaços e trapezistas, todos com roupas coloridas e maquiagens. Demonstra traços medievais e barrocos. Os shows fazem uso de música ao vivo, a língua falada durante o espetáculo é o "Cirquish", um dialeto imaginário criado pela companhia.

A trupe do circo é hoje membro da Calçada da Fama do Canadá.

Suas performances disponibilizam-se em DVDs e CDs e estão sempre com espetáculos em toda parte do planeta.
[editar] Compositores

Os espetáculos do Cirque du Soleil tem como um dos grandes destaques a trilha sonora, sempre influenciada por ritmos musicais atuais. Dentre vários compositores que já trabalharam no cirque, os mais requisitados são René Dupéré, Benoit Jutras e Violaine Corradi.
[editar] Discografia (Trilhas Sonoras)

Totem (2010)
Ovo (2009)
Zed (2009)
Zaia (2009)
25 (complicação) (2009)
Kooza (2008)
Wintuk (2007)
Delirium (2006)
Corteo (2005)
KÀ (2005)
"O" (2004)
Le Best Of Cirque Du Soleil (Compilação) (2004)
Journey Of Man
La Nouba (1998)
Dralion
Quidam (1997)
Mystère - Ao Vivo em Las Vegas (1996)
Mystère (1994)
Alegría (1994)
Le Cirque Réinventé (1994)
Nouvelle Experience (1993)
Saltimbanco (1992)
Cirque du Soleil (1988)
Fanfafonie 45 (1984)

[editar] Produções itinerantes por ordem de criação

Saltimbanco - 1992
Alegría - 1994
Quidam - 1996
Dralion - 1999
Varekai - 2002
Corteo - 2005
Delirium (Cirque du Soleil) - 2006- teve sua última apresentação dia 19 de abril de 2008 em Londres
Kooza - 2007
OVO - 2009
TOTEM - 2010
Michael Jackson: The Immortal World Tour - 2011

[editar] Produções Fixas/localização

La Nouba - Walt Disney World Resort,Orlando (FL)
O - The Bellagio,Las Vegas (NV)
Mystère - Treasure Island,Las Vegas (NV)
LOVE - The Mirage,Las Vegas (NV)
Zumanity - New York-New York,Las Vegas (NV)
KÀ - MGM Grand,Las Vegas (NV)
Wintuk - Teatro do Madison Square Garden,Nova York (NY)
ZED - Cirque du Soleil Theatre,Tóquio Japão/JP.
Zaia - The Venetian,Macao China/CH.
Criss Angel beLIEve - Luxor,Las Vegas (NV).
Banana Shpeel - The Beacon Theatre in New York, (NY)
Viva Elvis - Aria Resort & Casino,Las Vegas, (NV)
IRIS - Kodak Theatre, Los Angeles (CA)
Zarkana - (Em Turnê Temporariamente) Radio City Music Hall, (NY)

Nenhum comentário:

Postar um comentário